terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Transformar as varandas e terraços em refúgios

Nas minhas leituras sobre felicidade, descobri duas filosofias distintas (da Psicologia do Design de Interiores e do conceito dinamarquês do hygge), que conduzem à mesma ideia. Transformar a nossa casa num refúgio, que nos permita relaxar do stress diário, contribui para estimular as nossas emoções e vivências positivas. No fundo pode contribuir para nos sentirmos mais felizes.

Os povos nórdicos, nomeadamente os dinamarqueses, fazem disto quase que uma filosofia de vida. Recriam ambientes hygge em casa. No exterior, optam por frequentar locais com esse tipo de ambiente. E até no trabalho podem acender umas velas para tornar o espaço acolhedor.

Claro que os nórdicos não são os únicos com capacidade para criar e desfrutar de uma atmosfera acolhedora. Nós portugueses temos a vantagem de ter uma média de 300 dias de sol por ano e nada como dar nova vida aos espaços exteriores, para desfrutar disso.

Algo que tenho reparado, é que noutros países europeus parece que dão mais valor às varandas e terraços. É bastante comum ver varandas mobiladas e repletas de flores. Por cá, há quem o faça, mas não me parece que seja a maioria dos casos. Muitas vezes o que vemos são ou varandas vazias ou varandas repletas de tralha. Logo nós que temos um clima tão bom...

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Eis algumas fotos inspiradoras, para transformares a tua varanda/terraço num verdadeiro refúgio:

Aproveita o teu espaço exterior, independentemente do seu tamanho. Até a mais pequena varanda se pode transformar num recanto acolhedor.


As varandas são óptimas para aproveitar o nosso maravilhoso clima, para relaxar ou para conviver com quem mais amamos. Experimenta dar uso a este espaço! (Repara só na quantidade de varandas mobiladas neste bairro sueco).


Se tiveres espaço suficiente podes criar um canto para o relaxamento (onde podes ler um bom livro, meditar... ) e colocar uma mesa de refeições (onde te podes sentar com a tua cara metade, a beber um refresco, enquanto assistem ao pôr-do-sol).


Mesmo quando vistas do interior do apartamento, as varandas podem ser encantadoras.


Aquelas cadeiras lá fora, não convidam a um pequeno-almoço no exterior? Óptimo para começar o dia com boas energias.


Se tiveres a sorte de ter uma boa vista, tanto melhor. Mas se não for esse o caso, a decoração que dás ao espaço pode ser suficiente para te trazer emoções positivas.


Imagina como ficaria tristonha a varanda da foto abaixo, se estivesse vazia. As plantas e o mobiliário transformam de imediato o ambiente. 


Para tornares o espaço ainda mais relaxante, podes colocar uma rede. Pára uns momentos a observar o céu. Tão bom relaxar com a mãe Natureza.


Há quem opte por ter uma cadeira baloiço de jardim. Sim, consigo imaginar-me a meditar ali... 


Os detalhes importam. Que tal trazer elementos da Natureza para a tua varanda? Umas velas? Objectos vintage? (Compara na foto, como esta varanda tem mais vida que as restantes, que não estão aproveitadas). 


Para tornar o ambiente mais exótico, podes adicionar uns elementos étnicos. Tudo depende do teu gosto pessoal. O que importa é que a decoração seja um reflexo da tua personalidade.


Mesmo nos dias mais frios, podes aproveitar o espaço exterior. Que tal beberes um chocolate quente, enquanto te recostas confortavelmente numa almofada, e te aqueces com uma manta quentinha. 


Se tiveres a sorte de ter mais espaço, aqui está uma ideia simples. Para não teres muito trabalho, é preferível não saturar o ambiente com demasiados objectos. Bastam umas pedras no chão, uma mesa com cadeiras e um vaso. O jardim faz o resto. Com pouca coisa, tornou-se um espaço encantador. 


Se fores abençoado/a com um pequeno terraço, aproveita-o ao máximo! Na zona onde moro há 4 terraços e nenhum deles é aproveitado. É uma pena, porque até dariam mais alegria aos prédios. Estes são os espaços perfeitos para relaxares e para conviveres com amigos. Bastam uma mesa, umas plantas e já agora uma churrasqueira, para transformares completamente o espaço.


Ainda no campo dos terraços, podes recriar um ambiente mais zen. Observa o exemplo em baixo: um alpendre, muitos elementos naturais (bambus, pedras, vasos com flores, troncos de madeira) e uma iluminação mais suave. Super-relaxante!


Em suma, as varandas e terraços, quando transformados em refúgios, 
podem fazer toda a diferença no nosso estado de espírito.
São lugares perfeitos para nos aconchegarmos, enquanto lemos um bom livro.
Podemos estar lá só por uns breves momentos, 
mas já é suficiente para pôr de lado as preocupações 
e simplesmente... relaxar.


Fotos: 1.ª, 3.ª a 6.ª, 11.ª e 16.ª  Alvhem; 2.ª Skandia Maklarna;  7.ª e  14.ª Magnusson Makleri; 8.ª Historiska Hem; 9.ª Interior Design and Decoration; 10.ª Alexander White12.ª Stadshem; 13Bo Bedre; 15.ª Elliman.
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Pensamento/Lema da semana #334


"(...) as pessoas que se envolvem em actividades agradáveis,
como ir ao cinema ou fazer piqueniques no campo com os amigos,
proporcionam a si próprias uma pausa na sua tristeza, angústia ou aflição
e, por isso, estão melhor preparadas e equipadas
para AGIR em relação aos seus problemas."
Sonja Lyubomirsky

Foto: Unsplash
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Slow parenting ou como desacelerar na educação dos filhos


De tempos a tempos, em conversa com mulheres já idosas (outrora mães de crianças como eu), elas dizem-me "Aproveite agora, porque as crianças crescem e tudo passa muito rápido." Palavras sábias, penso. Mas também um verdadeiro desafio...

Tanto as crianças, como os pais dos dias de hoje, sofrem pressões de muitos lados. Horários escolares e laborais sobrecarregados, agendas lotadas e, ao mesmo tempo, parece que temos de ser perfeitos em tudo (as crianças têm de ser os melhores alunos, as mulheres têm de andar sempre impecáveis e ai se sais a horas do trabalho... até parece mal). Mesmo quando nos permitimos relaxar, por vezes ficamos com remorsos, temos a sensação de que estamos a desperdiçar tempo "Com tanto para fazer e eu aqui a ler um livro...".

Claro que isto nos torna mais vulneráveis. Nem sempre temos confiança em nós mesmos e ouvir frases como "O quê? O teu filho ainda não anda? Com essa idade o meu já corria." certamente não ajuda. Andamos stressados e as próprias crianças, ao invés terem a infância mais feliz de sempre, sentem-se ansiosas e cansadas.

Vendo pela positiva, crescer no século XXI, também tem as suas vantagens. Os cuidados de saúde melhoraram radicalmente, estamos rodeados de confortos materiais (são tantos os idosos que me relatam que tinham de andar descalços), temos imensas tecnologias para nos facilitar a vida e, na generalidade, não há falta de comida na mesa. 

Em suma, temos muitas chances para ser felizes! Falta-nos abrandar e deixar de lado aquela ideia de tentarmos ser perfeitos.

O Slow Parenting ou o movimento dos "pais sem pressa"


É aqui que o slow parenting entra. Um estilo parental que surgiu, em resposta às exigências excessivas a que as crianças são submetidas.

A verdade é que o excesso de actividades em que são inscritas, deve-se à crença de que assim serão mais estimuladas. Terão mais sucesso no futuro. Por outro lado, é também uma forma de as manter ocupadas, dada a sobrecarga de trabalho dos pais.

É verdade que as crianças serão estimuladas, mas a que preço? Verificou-se que um ritmo demasiado acelerado faz com que as crianças percam qualidade de vida e tenham mais probabilidade de sofrer de problemas emocionais significativos, tais como: ansiedade (em casos mais graves, depressão), dificuldades em prestar atenção/em concentrar-se, desmotivação para alcançar objectivos, dificuldade em estabelecer relações, etc.

Daí a importância do slow parenting, pois este significa:
a) priveligiar o equilíbrio e a qualidade (em detrimento da quantidade);

b) desacelerar a rotina dos pais (por ex. através de uma melhor gestão de tempo, tentando produzir mais eficazmente no trabalho, mas saindo a horas…), para que seja possível também desacelerar a rotina dos filhos. Se necessário, inscrever na própria agenda, o tempo livre para a família;

c) após a escola, as crianças terem menos actividades organizadas por adultos e mais chances de brincar livremente;

d) em vez de ambicionarmos que as crianças se desenvolvam o mais rapidamente possível (ex.: “o meu filho tem 3 anos e já está a aprender a ler”), devemos deixa-las crescer a um ritmo saudável (qual o mal de ensinar a criança a ler aos 6 anos?). Deve-se também ter em conta que nem todas se desenvolvem na mesma altura (a minha filha por exemplo andou aos 10 meses, e o mais pequeno andou aos 13, e não há qualquer problema nisso. Desde que não o façam realmente tarde, sendo necessário despistar algum problema, há que respeitar o ritmo de cada criança e, sobretudo, rejeitar comparações entre elas);

e) em vez de resolvermos todos os problemas pelas crianças, de as superprotegermos, devemos permitir que explorem o mundo, que aprendam a desenvincilhar-se sozinhas (dentro das suas capacidades, claro).

Como implementar o Slow Parenting 


No meu caso pessoal, posso afirmar que nem sempre é fácil desacelerar. Ainda assim, tenho as minhas prioridades claramente definidas: em primeiro lugar vem a família! Prefiro abdicar de algumas coisas para ter tempo para eles. Passei também a ter consciência da importância do tempo livre e do descanso (apesar do meu ser francamente menor do que desejaria).

As pessoas costumam dizer que ando sempre a correr, que já não participo em certas actividades. Mas a verdade é que faço algumas coisas com mais rapidez, para ter tempo para o que mais me interessa. Passei a abdicar de certas actividades e até de certas companhias, porque é com a família que quero estar. Prioridades... Nem todos entendem, mas a verdade é que é difícil agradar a todos. E, sinceramente, sendo muito honesta,  o que mais me importa é a opinião e bem-estar daqueles que mais amo.

Entretanto pesquisei algumas sugestões para implementar o Slow Parenting na prática, sugestões que partilho agora contigo:

1 - Gere melhor o teu tempo - Isto é algo que eu próprio tento fazer à anos. A ideia é deixar de desperdiçar tempo no que não são prioridades, para sobrar tempo para o mais importante. Podes conhecer algumas ideias para gerires o teu tempo nos posts "Como ganhar mais tempo no seu dia-a-dia" e "O que te faz perder tempo precioso" bem como na sua continuação (post 2, post 3 e post 4).

2 – Não sobrecarregues a agenda dos teus filhos - Há tempos quando o governo sugeriu o prolongamento dos horários escolares, fiquei surpresa com a quantidade de pais que concordavam com isto, em vez de manifestarem o desejo por medidas para o equilíbrio entre vida profissional e familiar (como acontece por exemplo nos países nórdicos, que não são menos produtivos por isso). Só no 1.º ciclo, as crianças portuguesas têm a 2.º carga horária maior da Europa e depois ainda têm uma série de actividades extra-curriculares. Óbvio que o tempo para a brincadeira escasseia.

Claro que não é mau a criança participar numa ou noutra actividade extra-curricular, de que goste realmente. O problema são os excessos. Há miúdos que têm agendas verdadeiramente lotadas. Mas, a bem da sua saúde, não nos podemos esquecer que são crianças, precisam de tempo para brincar e para descansar.

3 - Reserva um tempo diário para cuidares de ti - Tu próprio/a precisas de abrandar, nem que seja durante uns minutos do teu dia. Faz o te dá prazer, cuida de ti, relaxa. Isto é fundamental não só para o teu bem-estar, mas também para a felicidade dos teus filhos!

Se estiveres muito cansado/a, sem paciência e stressado/a, é mais fácil que contagies os teus filhos com a tua ansiedade. Estás mais sujeito a irritares-te perante a mínima contrariedade, e ao invés de aproveitares o pouco tempo que tens com os teus filhos, criarás ainda mais tensão dentro de casa. Daí a importância de cuidares de ti. Se estiveres calmo/a e relaxado/a, contribuirás para um melhor ambiente em família.

4 – Define um tempo para a família - A ideia é definir, se necessário na agenda, um espaço para a família poder relaxar junta, livre de interrupções. Cá em casa, costumamos reservar esse tempo mais ou menos entre as 20h e as 21h, após o jantar. É quando jogamos alguma coisa, conversamos ou simplesmente rimos em conjunto. Ao fim-de-semana, está garantida pelo menos a tarde ou então todo o dia de Domingo. 


5 – Faz uma pausa das tecnologias - Pode não parecer, mas normalmente as tecnologias roubam-nos tempo precioso. De vez em quando sabe bem ver um bom filme, ou jogar no computador. Mas fazê-lo por sistema impede-nos de apreciar coisas como uma boa conversa, uma sessão de jogos de tabuleiro, uma caminhada no exterior... tudo formas de nos conectarmos enquanto família.

6 - Aprende a dizer “Não!” - Este "não" serve para ti e para os teus filhos. Por mais que queiras ser simpático/a com toda a gente, aceitando compromissos ou tarefas por obrigação, para não "parecer mal", acabas por te prejudicar e prejudicar a quem mais amas. Óbvio que não podemos ser radicais, mas há que definir prioridades, distinguir o «necessário» do «acessório».

Mesmo em relação às crianças, por vezes temos de impor limites. Apesar de existirem 1001 actividades interessantes, mesmo que queiram não podem participar em todas. Têm sim de escolher as suas favoritas, porque o tempo para brincar e descansar também é importante.

7 – Dá à brincadeira livre a importância que merece - Já que hoje se fala tanto em estímulo, ao contrário do que possa parecer, a brincadeira também é fundamental para estimular competências úteis para toda a vida. A brincadeira é uma espécie de treino, onde as crianças imitam o mundo dos adultos. Estimula competências como a criatividade, a concentração, a inteligência emocional, a gestão de conflitos e negociação com os outros (quando brincam com outras crianças) e a motivação interna para alcançar os seus próprios objectivos. Dá aos teus filhos o máximo de oportunidades para brincarem.


8 – Evita o consumismo - Hoje em dia costuma-se dizer que as crianças já não sabem brincar ou então que se fartam rapidamente dos brinquedos. Mas em parte isso deve-se ao excesso de escolhas que têm à sua disposição. Os brinquedos são tantos, que o seu entusiasmo quando os recebem logo se desvanece - passando a desejar algo ainda mais atractivo. 

Na realidade, constatou-se que a criatividade e a curiosidade surgem muitas vezes do tédio e de ter menos escolhas. É preferível ter menos objectos e mais experiências positivas - ter brinquedos que não façam tudo pela criança, brincar com o que está disponível (por ex. num passeio na Natureza, pedrinhas, pequenos troncos...) e ter brinquedos suficientes (não caindo em exageros).

9 – Leva tempo a apreciar as coisas - Mais vale fazerem menos, mas apreciarem o que fazem. Estás a imaginar aquelas férias em que agendam imensas coisas e no fim parecem mais cansados do que quando estão no trabalho/escola? A ideia é fazer o oposto. Agendem pouca coisa e desfrutem de cada uma delas. Acordem mais cedo, mas saboreiem o pequeno-almoço - em vez de comerem à pressa. Passeiem no parque e apreciam os pequenos detalhes da natureza. Parem um pouco para ver o pôr-do-sol. Etc., etc. Tenta pôr isto em prática no teu dia-a-dia, sempre que possível.

10 – Dá tempo ao tempo (em relação ao desenvolvimento dos teus filhos) - Cada criança tem o seu ritmo de desenvolvimento, por isso não as apresses. Uma criança deve de ser uma criança e não um mini-adulto. Na realidade, por vezes quando queremos que cresçam depressa demais, acabam por tornar-se adultos imaturos e ansiosos. Ah! E nada de comparações com as outras crianças.


11 – Evita superproteger os teus filhos - As crianças precisam de enfrentar alguns riscos «controlados». Isto para que saibam lidar com as dificuldades da vida (de acordo com o seu estádio de desenvolvimento, obviamente). 

Isto implica deixá-las: 
a) realizar algumas tarefas (e se não ficar perfeito - muito dificilmente ficará - não as devemos julgar por isso, pois ninguém nasce ensinado);
b) experimentar novas brincadeiras;
c) não fazer tudo por elas (quantos trabalhos manuais são enviados para a escola, que tiveram mais trabalho dos pais do que dos filhos?). 

A ideia do slow parenting é que dando tempo para as crianças experimentarem as coisas por si mesmas, as ensinamos a enfrentar o mundo.

12 – Faz os teus filhos sentirem que são muito amados - As crianças precisam de se sentir amadas. Isso dá-lhes segurança para explorarem o mundo, dá-lhes mais confiança em si próprias. Por isso, dedica-lhes momentos em que te desligas do resto, para estares em exclusivo com elas. Dedica-lhes a tua atenção e diz-lhe também o quanto as amas. Sim, elas precisam mesmo disto!

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Pode não ser fácil nos dias de hoje, 
mas o slow parenting é uma lufada de ar fresco, 
na correria destes tempos modernos.
Orienta-nos, 
para que possamos ajudar as nossas crianças 
a terem uma infância mais tranquila e
com mais qualidade de vida.
E no fundo... é isso que nós pais desejamos.

Fotos: 1- Bessi; 2 - Unsplash; 3 - Mariamichelle; 4 - Nathan Rupert; 5 - Sasint; 6 - Camila Clarke.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Pensamento/Lema da semana #333


"A felicidade não está em viver, mas em saber viver. 
Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive." 
Mahatma Gandhi

Foto: Arieth
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Pensamento/Lema da semana #332


"A felicidade só existe para aqueles que têm amor no coração." 
Autor desconhecido

Foto: kaboompics
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

4.º Hábito a adquirir: incluir um prato de comida mais saudável (vegetariana ou não), na ementa semanal

A combinação perfeita:
papas de aveia com frutos vermelhos e as cores quentes do nascer do sol.

Há uns tempos escrevi sobre as aprendizagens das minhas férias de Verão. De como queria aproveitar esses conhecimentos e transformá-los em hábitos benéficos. Estou a levar a aquisição de hábitos muito a sério... mas com calma.

Com o início do ano, passei a incluir na ementa semanal um prato de comida mais saudável (vegetariana ou não). Pode parecer pouco, mas prefiro concentrar-me em algo que possa cumprir. Só assim me manterei firme, sem desistir (já me conheço o suficiente, para saber que tem de ser assim).

Quando falo de comida saudável, não significa que nos restantes dias as refeições sejam piores. Significa sim, que são pratos mais conhecidos. Já os que quero experimentar, são receitas novas de livros de comida vegetarina e/ou mais saudável. A ideia é habituar os palatos cá de casa (incluindo o meu), a novos sabores, mais saudáveis. 

Os «manuais de instruções»
Antes de tentar adquirir este hábito, preparei-me para o mesmo. Comecei a ler vários livros de culinária saudável (vegetariana ou não). Estes incluem pelo menos um capítulo onde explicam quais os ingredientes a ter na despensa, como prepará-los, qual o seu valor nutricional... Acredita, descobri muita informação nova.

Shakshuka, do livro "Natural" de Joana Alves.
São estes mesmos manuais, aos quais recorro para escolher o prato saudável da semana. Não tem necessariamente de ser um prato principal. Já experimentei pequenos-almoços, bebidas, snacks...

Algumas receitas tiro da Net, mas os livros que uso são os seguintes: 
"Cozinha Vegetariana para quem quer poupar", também da Gabriela Oliveira;


Infusão de águas com laranja, tomilho e limão,
do livro "As Receitas da Mafalda" de Mafalda Pinto Leite.


- "Receitas Saudáveis" do "Jamie Oliver;
"O Grande Livro da Cozinha Vegetariana", uma edição da Impala.

Tenho ainda outros na minha Wishlist, como "As Delícias de Ella" da Ella Woodward ou a "Cozinha Saudável" da Mafalda Pinto Leite... e amanhã deverá chegar o "Cozinha Vegetariana para Bebés e Crianças" da Gabriela Oliveira.

Fontes de inspiração não me faltam...





A substituição de ingredientes
A minha receita de patê de sapateira com ingredientes mais saudáveis,
mas o mesmo sabor - substituí as tradicionais natas por creme de soja.



Devo dizer que depois destas leituras, passei a fazer outras alterações nas minhas refeições. Passei a substituir ingredientes das refeições habituais, por outros mais saudáveis. Por exemplo em vez de natas para culinária, agora uso creme de soja (tem muito menos gordura); em vez de farinha de trigo normal, passei a usar farinha de trigo integral; em vez de açúcar amarelo, passei a usar açúcar de côco (tem baixo índice glicémico), etc. 





Como está a correr
Batido de manga, substituindo o leite de vaca, por leite de aveia.
A acompanhar, algumas amêndoas.
Estaria a mentir se dissesse que está tudo a correr na perfeição. Umas vezes adoro o resultado, noutras não acho nada de especial. Acho que esta fase, é mesmo de descoberta... do que aprecio, do que não vale a pena, ou até daquilo a que devo dar uma segunda oportunidade (por vezes tenho de me lembrar da primeira vez que provei comida asiática - detestei! - e hoje sou fã!).

Outra dificuldade é levar os miúdos a provar. Cá em casa, torcem muito o nariz a algumas novidades. Mas não desisto (vendo bem as coisas, hoje em dia também são fãs de comida asiática... 😂😂😂).

Mas no geral, a experiência está a ser bastante positiva. Estou a descobrir sabores e texturas muito interessantes. E, principalmente, estou a caminhar para uma vida mais saudável.

Wrap com recheio de ratatouille.
Desta vez o Wrap é de farinha de trigo integral.

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De vez em quando penso na sabedoria de um dos povos mais saudáveis do mundo: o povo de Okinawa. Eles têm um provérbio que diz: "Deixem a comida ser o vosso medicamento." E têm razão! Nada como boa comida para nos trazer saúde e nada como saúde para nos sentirmos bem com a vida.







Fotos: Mafalda S.
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Pensamento/Lema da semana #331


"Organizar é procurar soluções." 
Thais Godinho

Foto: El Mueble
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